Respeito e Confiança

Respeito e confiança são palavras fortes, que precisam ser conquistadas por uma empresa. E essa conquista se faz a cada dia, passo a passo, cliente a cliente. Não é uma conquista definitiva, vitalícia. É uma vitória que, mesmo obtida, deve se transformar numa filosofia permanente de trabalho. Atender bem, apoiado ainda numa terceira palavra forte: honestidade.

Foi pensando assim que, há doze anos, a Essen Vinhos abriu suas portas em Florianópolis. Primeiro, trazendo para a capital catarinense os vinhos finos produzidos pelas pequenas cantinas do Rio Grande do Sul. E com eles, jovens enólogos, seus produtores, que em volta de uma mesa rústica e aconchegante, ensinaram muitos clientes/amigos a dar os primeiros passos pelo fascinante mundo de Baco.

Hoje, a Essen mantém firme sua parceira com um número ainda maior de vinícolas brasileiras. E ampliou seus parceiros. Com a Decanter, trouxe para Florianópolis vinhos de importantes países produtores, todos de ótima relação preço&qualidade e reconhecidos pela mídia especializada. Com isso, a parceria Essen&Decanter tornou-se sinônimo de excelentes vinhos, nacionais e importados.

Ao atuar na promoção de degustações e participar de eventos ligados à boa mesa, a Essen tem ajudado a fortalecer a enogastronomia na cidade. A empresa responde por uma grande parte das cartas de vinhos dos restaurantes e atua na base, treinando garçons e lapidando profissionais para executarem, de forma correta, o cerimonioso e elegante serviço dos vinhos. E tem no tripé respeito, confiança e honestidade, o sustentáculo da empresa, resultado desse incansável e prazeroso trabalho.”

Texto: João Alexandre Lombardo – Jornalista.

out/2005

A inauguração modesta mas bem vinda da Essen, em 1995, não prenunciava a mudança de hábitos que ajudaria a provocar em Florianópolis. Coincidiu com a migração de pessoas em busca de melhor qualidade de vida, que despertou no Brasil o interesse por uma culinária mais sofisticada, pelo hábito de freqüentar bons restaurantes e que veio a desenvolver uma cultura enológica refinada. Vinhos deixavam de ser bebidos em aniversários e casamentos nas clássicas taças abertas, herança de família, para serem degustados rotineiramente passando a ser tema de conversas e de discussões, por vezes acaloradas e apaixonadas. E, claro que, como os objetos da moda, o que vinha de fora era privilegiado.

Naquela época, os descendentes de imigrantes italianos de visão mais ampla haviam concluído que o vinho colonial tinha pouco futuro, mas que havia um mercado a ser explorado. Estudaram técnicas de cultivo e de produção, reformaram as velhas cantinas e introduziram cepas certificadas, juntamente com métodos modernos de cultivo e de vinificação.

A Essen adotou desde cedo uma política de promover os bons produtos nacionais, não por serem nacionais, mas por serem bons.

O início não foi fácil. Convencer donos de restaurantes a oferecerem uma carta de vinhos – na maioria dos casos entregues em pequenas quantidades, exigia persistência e paciência. Havia o compromisso de que, se um cliente pedisse uma segunda garrafa, indisponível, ela seria entregue a qualquer hora do dia, da noite ou da madrugada. Amigos e clientes revezavam-se em solicitar determinados vinhos em restaurantes, que, aos poucos foram aceitando os novos hábitos. Garçons tinham que ser treinados a abrir uma garrafa e servi-la de maneira correta.

Certas relações comerciais não se mantêm apenas por interesse, mas também por amizade, respeito mútuo e colaboração permanente. É o que une os produtores e a Essen. Assim, uma cultura enológica formou-se à medida em que os padrões tornaram-se mais elevados e os gostos mais exigentes.

Ainda hoje ouve-se de um cliente novo que chega à loja com um pedido de conselho acompanhado do clássico “não bebo vinho ´nacional´ “, mas isto está ficando mais raro.

A Essen não se limitou a difundir os bons vinhos nossos. Sua parceria com a Decanter frutificou. Produtores estrangeiros, chilenos e argentinos de nascimento ou de adoção passaram a ser visitantes frequentes em Florianópolis, e suspeito que provoquem uma certa inveja em São Paulo ou Rio, pela preferência em lançarem suas novas safras aqui.

A festa dos dez anos marcou sua maioridade. Foi, para mim, um momento de reflexão sobre o sucesso que se conquista com o trabalho sério, a dedicação permanente, a amizade desinteressada, o aprendizado constante. Se tivesse que defini-la diria que foi a festa da família feliz que bebe unida.”

Texto: Fernando Dias de Ávila Pires.

out/2005